quinta-feira, 25 de abril de 2013


Prefeitura de BH decreta situação de emergência por causa da greve da Guarda Municipal


Reprodução / BHTrans
guardas
Agentes fecharam a Praça Sete e causaram transtornos a motoristas na capital mineira

A Prefeitura de Belo Horizonte anunciou, no início da noite desta quinta-feira (25), que decretou situação de emergência por causa da greve geral dos guardas municipais da cidade, confirmada em assembleia da categoria na última segunda-feira (22). O decreto será oficializado no Diário Oficial do Município (DOM) desta sexta-feira (26).

Segundo a assessoria de imprensa da Guarda Municipal, a decretação da situação de emergência "cria um contexto no qual a administração municipal, em decorrência da anormalidade instalada, pode adotar medidas extraordinárias para o atendimento de necessidades prementes da população".

Com isso, será facilitada a contratação de pessoal em regime de urgência para garantir a segurança das instalações municipais que teriam sido "abandonadas" pelos grevistas que aderiram ao movimento. A intenção é evitar que a greve comprometa "a segurança de "pessoas e de bens e serviços públicos municipais".
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Ainda conforme a assessoria, os guardas receberam, em cinco anos, um reajuste acima do dobro da inflação no período, sendo que ainda tramita um novo aumento na Câmara Municipal. Os agentes também teriam recebido um plano de carreira. A última nomeação de novos guardas aconteceu em junho de 2011.

A situação de emergência irá permanecer, conforme o órgão, até que seja reestabelecido o "estado de normalidade" e a "proteção da integridade e da tranquilidade dos cidadãos".
Invasão
Por volta das 16h, os grevistas invadiram a sede da corporação, na avenida dos Andradas, onde instalaram acampamento e só saem, segundo o presidente do Sindicato dos Guardas Municipais de BH, Pedro Ivo Bueno, quando a prefeitura atender às reivindicações dos manifestantes.
O sindicato estima que 80% da categoria esteja mobilizada na greve.
Reivindicações e protesto


O trânsito da capital mineira virou um caos graças a um protesto feito pelos grevistas na tarde desta quinta-feira (25). Cerca de 1.000 agentes fecharam a Praça Sete, no centro da cidade, após realizarem manifestações na avenida dos Andradas, na frente da sede da corporação, e na porta da Prefeitura de BH.

As principais reivindicações dos profissionais são: recomposição salarial, reajuste do vale-lanche, melhorias nas condições de trabalho, adicional de risco de 30%, permissão para uso de armas no trabalho e anistia de representantes da classe que teriam sido afastados por envolvimento em movimentos grevistas. O presidente do sindicato da categoria chegou a alegar que a classe está há quatro anos sem reajuste de salário.

Sobre o porte de armas, a assessoria da Guarda informou que pretende armar seus agentes e está se adequando às exigências do Estatuto do Desarmamento. Os profissionais serão treinados em testes de tiros e serão emitidos comprovantes de autorização para porte de armas.

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